Entrevista - STRATOSPHERE PROJECT Casting da Hell Yeah Music Company
- 03/02/2023
- 0 Comentário(s)

ENTREVISTA STRATOSPHERE PROJECT
Link Hell Yeah Music
Flavio Brandão é um músico, compositor e multi-instrumentista brasileiro, fundador e único membro fixo do Stratosphere Project.
A proposta do Stratosphere Project é buscar diversos vocalistas ao redor do mundo para colaborar e enriquecer o projeto e apresentar uma diversidade vocal e musical a partir da identidade e personalidade impressa através de cada artista convidado. O objetivo, sempre voltado ao Power Metal, é resgatar a sonoridade das bandas da década de 90 e dos anos 2000 como Helloween, Stratovarius, Gamma Ray, Primal Fear, sem a pretensão de tentar reinventar a proposta já consolidada por essas bandas. O Stratosphere Project trouxe nos primeiros álbuns vocalistas da Espanha, Austrália, Alemanha, Países Baixos, e em Depersonalization trouxe os Brasileiros Lean Van Ranna e Gus Castro.
Conversamos com Flávio que nos contou um pouco sobre a sua trajetória e os planos para o futuro do projeto.
1-Como surgiu o Stratosphere Project?
O projeto surgiu em meados de 2019 como uma ideia e juntar as músicas que eu tinha criado durante o ano e lançá-las oficialmente pois só as tinha apresentado a amigos próximos.
2-Há quanto tempo você está na estrada?
Eu estou na música desde 1995 quando eu só tinha 15 anos. Pouco mais de um ano depois eu integrei a minha primeira banda oficial, a LifeStealing, uma banda de power metal (na época chamado de heavy metal melódico) que tocou no underground carioca com outras bandas como Firewalker, Imago Mortis entre outras contemporâneas como Allegro e Endless.
https://open.spotify.com/artist/24KyaU1gccw3IDD8r4oCiX?si=RBmR-kAHTbWNlo8Mxmo5Gw
3-Quem são os integrantes do projeto ou todos os músicos que já participaram?
Passaram pelo Stratosphere Project:
4-De onde você veio e onde mora atualmente?
Eu sou carioca, morando atualmente na cidade de Nova Iguaçu.
5-Você pretende levar o Stratosphere Project para os palcos?
Essa é uma questão um pouco complexa. O projeto foi inicialmente criado para ser um conceito de estúdio com convidados estrangeiros e brasileiros de diversas regiões do país. Já houveram ideias de juntar alguns músicos e fazer shows mas nenhuma proposta concreta ainda.
6-O que você fez durante a pandemia?
Passei boa parte do tempo compondo e estudando produção musical, inclusive converso de vez em quando com o produtor Wagner Meirinho (Semblant, Torture Squad, Warrel Dane, Andreas Kisser) pedindo algumas dicas e ele é sempre muito solicito.
7-Conte um vexame que você passou em algum show
Acho que o maior vexame foi em um show do LifeStealing por volta de 97 quando tocamos em condições muito precárias e nosso baterista ficou o show inteiro sem retorno e com isso não conseguimos executar uma música sequer com perfeição. Foi realmente uma apresentação bem ruim.
8-O que foi mais difícil que teve que enfrentar com a banda?
Com o Stratosphere Project, uma das situações mais complicadas no início era conseguir alinhar as ideias com os vocalistas convidados, pela distância e dificuldade de contato. Foi necessário muita paciência e perseverança pra fechar o primeiro álbum.
9-Qual a canção da banda que você mais gosta?
Eu particularmente gosto de todas as músicas que criei, mas em especial acho que a música “Stratosphere” do primeiro álbum. Foi um marco, pois além de dar o nome do projeto como carro chefe, foi a primeira a ser composta após vários anos de hiato desde meu afastamento da música em 2003.
https://open.spotify.com/track/3LTxz5uDagIU2paratf...
10-Qual a sua principal inspiração pra banda?
Minhas inspirações vem primeiramente do power metal dos anos 90 e 2000, observando atentamente meus 3 álbuns lançados e o single “Immortal Eyes” você pode perceber que eu uso diversos aspectos e linhas melódicas muito usadas naquela época por bandas como Helloween, Stratovarius, entre outras.
https://open.spotify.com/track/5VCZ9uNTeDZtmnSIdKi7Sw?si=0f231b7db956463d
11-Quais cantores ou bandas você mais gosta?
Meus vocalistas favoritos são Russel Allen (Symphony X), Ralf Scheepers (Primal Fear), Michael Kiste e Andy Deris (Helloween) e Timo Kotipelto (Stratovarius).
12-Como sua família reagiu ao saber que escolheria estar no mundo da música?
No início foi uma surpresa pra eles. Meus pais são pessoas religiosas há muitos anos, mas sempre me apoiaram a ter a música como parte da minha vida. Meu pai era muito solícito quando eu era adolescente e sempre me ajudou como pode.
13-Como é o processo de composição das suas músicas?
Eu não tenho uma fórmula mágica de composição, geralmente eu entro no estúdio, faço um riff e depois vou pensando nas linhas melódicas de cada instrumento e vocal para aquela levada. Em 95% das vezes sai algo bom que eu aproveito. Foram poucas as vezes em que criei uma música que precisou ser totalmente reestruturada pois o resultado ficou abaixo do que eu queria.
https://www.youtube.com/watch?v=CuzFSl8e25g
14-Nos conte um fato engraçado que ocorreu com a Banda?
Logo no lançamento do álbum “Stratosphere” algum russo pegou as músicas nos serviços de Streaming e postou em um site pirata, no mês de lançamento o site pirata tinha mais audições que o Spotify.
15-Qual sonho você ainda pretende realizar em relação a banda?
Meu único sonho e objetivo com o projeto é ter reconhecimento da cena pelo trabalho que tenho executado. Hoje vivemos em uma cena underground muito rica com excelentes bandas de muita qualidade que também buscam esse reconhecimento e precisamos do apoio dos fãs de metal para que isso aconteça. É uma mudança de mindset que precisamos.
16-Deixe uma mensagem para as pessoas que acompanham o seu trabalho
Ouçam meus álbuns, tenham em mente que cada um foi um processo, uma luta. Apoiem as bandas e projetos do underground, tentem reservar um espaço no cotidiano de vocês e mesmo que seja por 10 minutos por semana para ouvir novas bandas do underground brasileiro.